Cristina Fernández assume a presidência da Argentina
A mandatária que tinha ganhado por 54% dos votos em outubro (2011) transformou-se na primeira mulher da história da Argentina a ser reeleita. Ao assumir seu segundo mandato a presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse que "vai aprofundar seu modelo político porque é a presidenta de todos e não das corporações".
"Advirto-lhes que eu não sou a presidenta das corporações, senão a presidenta dos 40 milhões de Argentinos", disse a presidenta.
Um dos grandes desafios de seu governo será resistir ao impacto da crise financeira internacional, com a baixa dos preços dos produtos, sobretudo da soja, o principal produto de exportação da Argentina. Para ganhar esta batalha é fundamental a união latino-americana.
"Graças a deus os mandatários da região entenderam. Porque sabemos que na integração regional está uma das melhores defesas que podemos ter contra um mundo difícil e os desafios do futuro", expressou Fernández.
A inflação interna, o aumento da cotização do dólar, a fuga de capitais, o retiro dos subsídios estatais aos serviços de luz, gás e água potável -que trará um grande aumento de taxas- e as tensas negociações salariais com os sindicatos, oficialistas e opositores, aparecem como os problemas da economia.
Durante o evento a mandatária também disse que "respeitamos a lei e o direito constitucional da greve. Com nós o direito de greve existe, porém de greve, não de chantagem e de extorsão".
Além disso, reconheceu que sua máxima aspiração é consolidar a justiça e os direitos humanos, julgando e condenando aos responsáveis da última ditadura militar -1976-1983, que sequestraram, torturaram, desapareceram e assassinaram, segundo os organismos de direitos humanos, a mais de 30.000 pessoas.
"Eu espero que durante estes quatro anos de meu mandato, estes processos, que demoraram mais de 30 anos, possam ser terminados", indicou a líder argentina.
A presidenta convocou a sessões extraordinárias, por decreto presidencial, agora que recuperou as maiorias no Congresso Nacional, para tratar temas fundamentais para seu governo como: a Lei de Terras- 10 % das terras argentinas estão em mãos de estrangeiras-, a Penal Tributária e o Orçamento Nacional.
Foto: Agência Efe
Fonte: Voz de América