Hugo Chávez ganhou as eleições na Venezuela
Após uma participação massiva de 80% dos venezuelanos nas urnas, segundo os últimos dados proporcionados pelo Conselho Nacional Eleitoral, o mandatário Hugo Chávez conseguiu uma nova reeleição, por terceira vez, como presidente da Venezuela.
Chávez foi reeleito este domingo para o período 2013-2019 com 54,42%, equivalente a 7.444.082 votos, enquanto o candidato da oposição, Henrique Capriles, obteve 6.151.544 votos, 44,97%.
As declarações a respeito das eleições venezuelanas chegaram de muitas partes do mundo, por exemplo, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, cumprimentou ao presidente da Venezuela, elogiando a tranquilidade e a liberdade do processo eleitoral. O chanceler brasileiro disse que ligou para o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, no domingo à noite para felicitar-lo pelo resultado.
Em Equador, outro país integrante da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse a Imprensa Latina que o acontecido na Venezuela fortalece o avanço dos organismos de integração regional, da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (ALBA) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Na manhã desta segunda-feira a Chancelaria colombiana felicitou ao presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, por seu triunfo e nesse sentido lhe desejou êxitos em seu novo período presidencial de 6 anos. Cumprimentou "ao povo do país irmão por sua ampla e pacífica participação na jornada eleitoral celebrada no passado domingo".
A missão de acompanhamento enviada à Venezuela pela União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) certificou nesta segunda-feira a transparência e legitimidade do processo eleitoral. O responsável da delegação da UNASUL, Carlos Álvarez, compareceu ante a imprensa para fazer um balanço de um processo que, em sua opinião, foi "uma lição extraordinária" para a comunidade internacional.
Desde La Paz, Bolívia, o presidente Evo Morales assegurou em declarações a Abi, a agência oficial de notícias de seu país que "o triunfo do presidente Chávez é o triunfo da democracia. Não somente é o triunfo do povo da Venezuela, senão também o triunfo dos países do ALBA e da América Latina". "A vitória de Chávez é também a vitória dos povos da América Latina que lutam com sua dignidade, soberania e destino próprios", acrescentou Morales.
José Félix Rivas, diretor do Banco Central da Venezuela, afirmou que o governo tem que pensar adiante na integração desde um ponto de vista produtivo, isto é, uma indústria regional. “Temos que avançar na indústria nacional e também com a indústria da UNASUL, porque pode se produzir conjuntamente e de forma complementar.” O economista dá como exemplo a quinoa. “Pode se produzir na Bolívia e a Venezuela processar, e encima é um produto que dá benefícios à saúde”.
Comentou ademais que o primeiro desafio que encara a economia venezuelana é sair da dependência do petróleo. “O maior desafio é passar de uma primeira etapa onde houve uma ênfase no social a lograr uma economia que se oriente a gerar uma base produtiva que tem que conviver com o petróleo e gerar emprego de qualidade”.
A jornada eleitoral com a qual se afirmam os processos democráticos na América Latina também teve seu espaço no Brasil no dia de ontem, onde se realizaram eleições municipais, e participaram mais de 140 milhões de cidadãos.
Fontes: Página12, La Nación (Argentina), RTVE (Espanha) e Europa Press