Saneamento Urbano Integrado Aceguá-Brasil, Aceguá-Uruguai
Uruguai e Brasil assinaram um convênio de saneamento que dá início a um projeto que envolve as cidades fronteiriças de Aceguá do Uruguai e Aceguá do Brasil. O projeto é financiado com recursos do FOCEM, e das empresas estatais de saneamento de ambas as partes: CORSAN (Companhia Rio-Grandense de Saneamento) do Brasil e OSE (Obras Sanitárias do Estado) do Uruguai.
Na tarde da quarta-feira 6 de novembro Uruguai e Brasil deram um passo a mais na matéria da cooperação regional com a assinatura de um convênio de saneamento urbano transfronteiriço. A cerimônia ocorreu no Edifício MERCOSUL de Montevidéu, Uruguai, com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. O transcendente convênio foi celebrado no âmbito da IX Reunião de Alto Nível da Nova Agenda de Cooperação de Desenvolvimento Fronteiriço Brasil-Uruguai.
As obras serão financiadas com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), e implicarão um investimento de mais de 7 milhões de dólares. O FOCEM colaborará 5,7 milhões de dólares (não reembolsáveis), e os restantes 1,9 milhões serão colaboração das empresas estatais mencionadas. Com a assinatura deste convênio se avançará no primeiro projeto de saneamento Binacional na América Latina.
Concretamente em ambas as regiões da fronteira se construirão sistemas coletores compostos de milhares de metros (12.000 metros para Brasil e aproximadamente 9.095 para o Uruguai), estações de bombeamento e uma planta de tratamento de efluentes em cada localidade.
Estas obras se destinam a melhorar a qualidade ambiental das zonas públicas com a eliminação de aterros clandestinos, reduzir os custos de saúde da população, recuperar os corpos hídricos da região através do tratamento das águas e eliminar efluentes barométricos sem tratamento prévio.
Os representantes de ambos os países coincidiram em que com este convênio mais além das obras em concreto, “se cria uma nova visão sobre as fronteiras, um novo paradigma” como disse o chanceler uruguaio Almagro. Por este motivo é que “este projeto é único no mundo” argumenta Tarso Genro, quem, além disso, afirma “há pouco tempo atrás, víamos a nossas fronteiras como problemáticas, como divisórias. Depois com a restauração de nossos países as vemos como integração, de recepção, fronteiras de recebimento”.
Fontes: Mercocidades e Parlamento do MERCOSUL.
Foto: Parlamento do MERCOSUL