Finaliza Cúpula da CELAC em Havana
Após traspassar a presidência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) a Laura Chinchilla, presidente da Costa Rica, Raúl Castro, presidente de Cuba, deu por encerrada a segunda Cúpula da CELAC que se realizou de 28 a 29 de janeiro. O encontro ocorreu em Havana, Cuba, e contou com a participação de vinte e nove Chefas e Chefes de Estado.
A segunda Cúpula da CELAC deixou, entre outros aspectos favoráveis, a Declaração Especial da América Latina como zona de paz, a constituição do Fórum China-CELAC, o apoio ao processo de paz na Colômbia, a reprovação ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba e à inclusão da Ilha na denominada lista do terrorismo, entre outros.
Raúl Castro leu o documento da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos que declara o objetivo de "desterrar para sempre o uso e a ameaça do uso da força na região". Este documento expõe que a América Latina e o Caribe são uma zona de paz, inclui-se o respeito aos instrumentos internacionais dos quais os Estados membros são parte, os princípios, acordos e resoluções ao respeito da ONU. Destaca-se que "se aplicará o compromisso de não intervenção nos assuntos internos" de nenhum dos 33 países da organização.
Também alenta a prática "da tolerância e de viver em paz como bons vizinhos" e o "direito inalienável de todo Estado para escolher seu sistema político, econômico e social" com o fim de contribuir assim para "a convivência pacífica entre as nações". O texto enfatiza a relevância do Tratado de Tlatelolco para a proscrição das armas nucleares na região, que estabeleceu a primeira zona livre de armas nucleares, em uma área densamente povoada.
Castro também se expressou sobre a desigualdade e a pobreza, tema central do encontro, sinalizando que os países latino-americanos e caribenhos reafirmaram que para erradicar esses problemas "é imprescindível mudar a atual ordem econômica mundial, fomentar a solidariedade e a cooperação, e exigir o cumprimento das obrigações contraídas de ajuda ao desenvolvimento".
A resolução da CELAC compromete aos Estados da região a continuar promovendo o desarmamento nuclear como "objetivo fundamental e contribuir com o desarmamento completo para aumentar a confiança entre as nações".
A presidência pró-tempore é assumida por Costa Rica que, nas palavras de sua Presidente expressou que “os guias operativos durante a presidência costarriquense serão gerar cooperação e entendimento, visão e confiança", um compromisso que, garantiu, assumirá também o novo mandatário que resulte ganhador das próximas eleições do país centro-americano.
A CELAC foi criada em 2010, pertencem 33 Estados americanos da América Central e do Sul e o Caribe, exceto Estados Unidos e Canadá, tradicionais gestores da política regional, o que converte à CELAC em representante de uma área geopolítica independente e soberana, acompanhada nesse empenho por outros blocos, como a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (ALBA) e o MERCOSUL.
Mais informação sobre a Cúpula em seu site oficial: celac.cubaminrex.cu/es
Fontes:
Página12
El Universal de México
Site oficial da Cúpula