Declaração de Mercocidades, Redcisur, AL-Las e cidades membros de CGLU no Fórum Urbano Mundial

Reunidos no 7º Fórum Urbano Mundial, realizado este mês na cidade colombiana de Medellín, governos locais membros de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), Mercocidades, a Rede de Cidades Sul-Americanas (Redcisur) e o projeto regional AL-LAs, emitiram uma declaração reafirmando a importância de incluir as vozes locais da América Latina na construção da nova agenda urbana mundial.

Durante o encontro ao qual assistiram 45 representantes de distintas cidades e redes, participaram também os Secretários Gerais de CGLU, Metrópolis, União de Cidades Capitais Ibero-Americanas e do Centro Ibero-Americano de Desenvolvimento Estratégico Urbano.  Durante a jornada se designou à prefeita de Santiago, Carolina Tohá, como porta-voz do grupo.  Entretanto, apesar dos esforços feitos ante os organizadores do Fórum Urbano Mundial (FUM), a colaboração latino-americana não foi considerada na Declaração Final do encontro.  Em resposta, as redes de cidades se comprometeram em trabalharem conjuntamente a partir de agora para fortalecer a presença das autoridades locais da região nos debates mundiais destinados a construir a nova agenda urbana mundial, que será definida em 2016 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável - Habitat III.

Declaração das redes de cidades da América Latina ante o Sétimo Fórum Urbano Mundial, Medellín, Colômbia:

Nós, cidades membros da rede de redes CGLU e das agrupações temáticas e regionais entre as quais estão: Mercocidades, Redcisur, o projeto AL-LAs, como representantes dos governos locais da América Latina, reunidos no âmbito do sétimo Fórum Urbano Mundial WUF7:

Reafirmamos a importância de que nossas vozes sejam ouvidas e incluídas nos espaços internacionais de construção da nova agenda urbana mundial, de uma maneira mais estrutural e através das plataformas e estruturas das quais nos temos dotado.

Manifestamos a necessidade de que as colaborações das cidades e governos locais nas discussões sobre a agenda de desenvolvimento Pós-2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o novo acordo sobre o clima e a nova agenda mundial urbana sejam considerados na COP 20 de Lima, em Paris 2015, e Habitat III, e destacamos a necessidade de incluir em todos estes processos um objetivo de desenvolvimento urbano.

Reconhecemos a importância do trabalho em rede para visibilizar as mensagens dos governos locais nestes processos.

Reiteramos que a inclusão, a sustentabilidade, a convivência e a segurança, a mobilidade, a água, a mudança climática, a cultura e a democracia local, devem ser parte da agenda global das cidades, e orientar o caminho para construir cidades mais humanas, inclusivas, sustentáveis e em paz.

Manifestamos nossa vontade de articular nossos respectivos esforços como redes latino-americanas, juntando forças e dotando-nos de uma estratégia de coordenação que incentive a inclusão dos governos locais e regionais da América Latina na estrutura de governança global, considerando-nos atores legítimos da arquitetura internacional e manifestando o apoio e compromisso para contribuir para alcançar os objetivos fixados conjuntamente pela comunidade internacional.

Medellín, 11 de Abril de 2014

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