Equador incentivará quatro eixos de trabalho na Celac
A poucos dias de assumir Equador a Presidência Pro Témpore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o chanceler deste país, Ricardo Patiño, afirmou que se incentivarão quatro eixos de desenvolvimento para a Celac neste período, redução da pobreza extrema, instauração de uma nova arquitetura financeira internacional, desenvolvimento da ciência e tecnologia e da infraestrutura viária, produtiva e energética na região.
“Equador assume com muito entusiasmo a Presidência Pro Témpore da Celac. É importante dizer que trabalhamos com Costa Rica para modificar o sistema. Estamos sugerindo que todos os países decidam qual é sua visão em médio prazo”, precisou.
Indicou que estes passos devem ser os delineamentos da visão do desenvolvimento desta região, e se referiu em particular a que um dos objetivos teria que ser reduzir entre cinco e dez anos a pobreza extrema, pelo menos a 5%”.
Enquanto à nova arquitetura financeira internacional, destacou a existência do Sistema de Compensação de Pagamentos (Sucre), na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).
A isso se une o Banco do Sul entre sete países da América do Sul, o que considerou “um instrumento fundamental para o desenvolvimento da integração e para financiar projetos de integração regional”.
“Isto deveria se expandir a toda América Latina. Tomará que possamos criar o Fundo Monetário do Sul”, disse.
O terceiro eixo de trabalho, indicou, será o desenvolvimento da ciência e tecnologia, “uma das chaves, tanto no interno, como na relação com outros países”.
“Não podemos manter o desenvolvimento se estamos na retaguarda da ciência e da tecnologia. Muitos exemplos estão acontecendo em Equador e América Latina. Temos que definir como vamos a avançar em ciência e tecnologia, inovação e talento humano”, disse.
O quarto eixo se fundamenta no desenvolvimento da infraestrutura viária, produtiva, energética, com o qual, segundo Patiño, se espera que a região cresça, desenvolva e incentive a justiça social e possa se ver e dialogar internacionalmente em condições de dignidade com os outros blocos mundiais. Apontou que esta zona geográfica deve incentivar a mitigação da mudança climática e se comprometer com isso.
Ao valorizar a transcendência da Celac, o Chanceler equatoriano precisou que em um mundo que funciona através de blocos, não ter constituída esta agrupação teria sido “um limite tremendo”.
Fontes: www.andes.info.ec