Acordos para a Redução do Risco de Desastres aprovados em Sendai
O Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030 foi aprovado na Terceira Conferência Mundial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, celebrada de 14 a 18 de março de 2015 em Sendai, Miyagi, Japão.
O Marco propõe como objetivo geral dentro dos próximos 15 anos, a redução substancial do risco de desastres e de suas perdas, tanto em vidas, como em meios de subsistência e saúde, e em bens físicos, sociais, culturais e ambientais das pessoas, das empresas, das comunidades e dos países.
Segundo indica o Marco, apesar dos avanços na matéria nos últimos 10 anos, é prioritário continuar com as políticas preventivas, já que “os desastres seguem cobrando um alto preço, e em consequência, afetam o bem-estar e a segurança de pessoas, comunidades e países inteiros. Mais de 700.000 pessoas perderam a vida, mais de 1,4 milhões sofreram ferimentos e arredor de 23 milhões ficaram sem casa como consequência dos desastres. Em geral, mais de 1.500 milhões de pessoas foram prejudicadas pelos desastres de diversas formas, e as mulheres, as crianças e as pessoas em situações vulneráveis, foram afetadas de maneira desproporcionada. As perdas econômicas totais ascenderam a mais de 1,3 bilhões de dólares estadunidenses. Além disso, entre 2008 e 2012, 144 milhões de pessoas foram deslocadas por desastres”.
No Marco se definem sete metas mundiais:
1- Reduzir consideravelmente a mortalidade mundial causada por desastres para 2030, e lograr reduzir a taxa de mortalidade mundial causada por desastres por cada 100.000 pessoas no decênio 2020-2030 em relação ao período 2005-2015.
2- Reduzir consideravelmente o número de pessoas afetadas no nível mundial para 2030, e lograr reduzir a mortalidade mundial causada por desastres por cada 100.000 pessoas no decênio 2020-2030 em relação ao período 2005-2015.
3- Reduzir as perdas econômicas causadas diretamente pelos desastres em relação com o produto interno bruto (PIB) mundial para 2030.
4- Reduzir consideravelmente os danos causados pelos desastres nas infraestruturas vitais e na interrupção dos serviços básicos, como as instalações de saúde e educativas, inclusive desenvolvendo sua resiliência para 2030.
5- Incrementar consideravelmente o número de países que contam com estratégias de redução do risco de desastres no nível nacional e local para 2020.
6- Melhorar consideravelmente a cooperação internacional para os países em desenvolvimento, mediante um apoio adequado e sustentável que complemente as medidas adotadas no nível nacional para a aplicação do presente Marco para 2030.
7- Incrementar consideravelmente a disponibilidade e o acesso a sistemas de alerta antecipado de ameaças múltiplas e à informação e as avaliações sobre o risco de desastres transmitidas às pessoas para 2030.