Secretaria Executiva de Mercocidades participa de encontro mundial de prefeitos de frente à definição dos ODS
Na próxima quinta-feira 24 de setembro, a intendente de Rosário e atual secretária executiva de Mercocidades, Mónica Fein, participará nos encontros de prefeitos que se realizará no âmbito da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que de 25 a 27 de setembro reunirá em Nova Iorque a chefes de Estado de todo o mundo, para definir a nova agenda mundial do desenvolvimento nos próximos 15 anos.
Fein participará de dois encontros mundiais de prefeitos previstos para dia 24 de setembro em Nova Iorque, com o fim de explorar estratégias e acordos para o desenvolvimento de ações de frente a próxima Conferência sobre o Clima em Paris, COP21, e a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030.
No final do encontro os prefeitos apresentarão um documento em que se comprometerão na implementação dos objetivos pautados.
ODS
A nova agenda de desenvolvimento prevê a concretização de 17 objetivos com 169 metas, a diferença de seus antecessores, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que contavam com 8 objetivos e 21 metas.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são o resultado de um processo de negociação que incluiu aos 193 Estados Membros da ONU, assim como a participação sem precedentes da sociedade civil e outras partes interessadas.
Depois de um ano de negociações, o Grupo de Trabalho Aberto apresentou sua recomendação para os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. A princípio de agosto de 2015, os 193 Estados Membros das Nações Unidas chegaram a um consenso sobre o documento final da nova agenda «Transformando nosso Mundo: a Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030».
Espera-se que mais de 150 dirigentes mundiais assistam à Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, e participem na reunião plenária de alto nível da Assembleia Geral, para aprovar definitivamente esta agenda.
Os objetivos são de amplo alcance, já que serão abordados os elementos interconectados do desenvolvimento sustentável: o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção do meio ambiente. Enquanto que os ODM se centraram principalmente na agenda social e estavam dirigidos aos países em desenvolvimento, em particular aos mais pobres, esta nova agenda prevê ser aplicada em todo o mundo através de 17 objetivos prioritários.
Cumprimento de metas do milênio
Apesar dos avanços em muitos terrenos, persistem brechas importantes na redução de vulnerabilidades nos países em desenvolvimento, incluídos os menos desenvolvidos, os em desenvolvimento sem litoral e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou no passado 18 de setembro, um documento que avalia os logros e as deficiências em cinco áreas: a assistência oficial ao desenvolvimento, o comércio, a sustentabilidade da dívida, o acesso a medicamentos essenciais e o acesso às novas tecnologias.
“A transição dos ODM aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável apresenta uma oportunidade para facilitar recursos para o investimento em educação, saúde, crescimento equitativo e produção sustentável e consumo”, assinalou Ban.
A administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark, apresentou detalhes do relatório. Destacando que na assistência oficial ao desenvolvimento, em promédio, os doadores alcançaram 0,29% da meta de 0,7% de aportes do PBI acordada pela ONU para esse tipo de ajuda.
“Se todos os doadores tivessem cumprido com seus compromissos, a ajuda ao desenvolvimento teria somado 326.000 milhões de dólares em 2014, em troca, chegou a 135.000 milhões. Recursos a esse nível teriam constituído uma sólida base para os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável», apontou a administradora do PNUD.
Outro ponto destacado do relatório se refere ao acesso às novas tecnologias, que cresceu enormemente desde 2000, ainda que persista a brecha digital entre os países ricos e pobres, ao ponto que só 35% da população no mundo em desenvolvimento utilize Internet.
O estudo também se refere a que melhorou o acesso a tratamentos para algumas doenças, mas não há medicamentos essenciais baratos.
Fontes: Centro de Notícia da ONU