Continua a proteção e o desenvolvimento da agricultura familiar na América Latina
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) convocou aos países da América Latina a continuarem fazendo da agricultura familiar uma prioridade na agenda pública ao terminar 2014, ano internacional dedicado a esse setor, para seguir fortalecendo o desenvolvimento de milhões de mulheres e homens que se dedicam a essa área.
A FAO destacou que os governos da região incorporaram planos na matéria, assim como através de organismos de integração, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Destacou que os cultivos administrados por famílias são fundamentais para erradicar a fome, além de que contribuem na produção de alimentos, na geração de empregos e no desenvolvimento rural, áreas consideradas uma prioridade para o organismo.
As últimas iniciativas, aprovadas durante o mês de dezembro, abrangem desde programas de almoços escolares e políticas sobre agricultura familiar até serviços de assessoramento pesqueiro na América Latina e África.
Em um artigo especial sobre o tema, a FAO destacou alguns casos exemplares, como o da Colômbia onde se outorgou maior orçamento para o setor. Na Argentina, se constituiu uma Secretaria de Estado responsável da área. Além disso, no Peru se aprovou um projeto de lei para fomentar esses cultivos. Na Bolívia, se incrementou o período de empréstimos há 5 anos, destinando 45 milhões de dólares a 32 famílias rurais. Também mencionou os casos de Paraguai, Uruguai, Venezuela, México, Nicarágua e Honduras que adotaram medidas para estimular o setor.
Assim mesmo reconheceu as colaborações financeiras que recebe do Brasil e descreveu ao país latino-americano como um contribuinte chave na luta contra a fome em nível regional e global. Em um comunicado, a FAO informou que o governo brasileiro entregou 17 milhões de dólares adicionais, o que incrementou a carteira de projetos financiados por Brasil através dessa Organização a mais de 100 milhões de dólares.
Brasil apoia atualmente mais de 27 projetos da FAO e se converteu em um dos 10 principais contribuintes da Organização, junto aos países do G7, Noruega e Arábia Saudita.
Marca MERCOSUL
Cada país membro do MERCOSUL desenvolverá seu próprio selo de identificação para agricultura familiar, no qual constará a identificação do bloco.
Os selos nacionais de identificação da agricultura familiar para o MERCOSUL foram criados durante a XXII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do MERCOSUL (Reaf) que se realizou no passado 6 de dezembro no Uruguai.
“Os selos são um instrumento fundamental para estimular a identificação e visibilidade de produtos da agricultura familiar, criando oportunidades de comercialização e alternativas de consumo consciente e responsável para estes produtos” destacou o diretor de Geração de Renda e Valor Agregado do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) do Brasil.
Os selos foram criados na oportunidade de celebrar os dez anos da criação da Reaf e o encerramento do ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena.
Fontes: www.un.org e www.brasil.gov.br